
Mas a verdade é que já consigo sair mais
facilmente desses estados deprimidos, pois bem dentro de mim existe um “ser”
forte, capaz, lutador, guerreiro, vencedor, enorme… E é esse ser que me tem
erguido, pois a cada dia que passa ele fica mais forte, já o procuro mais
vezes.
Pois esse “ser” que habita em mim, sou “apenas”
eu completo, o meu verdadeiro eu, o que ficou escondido, ignorado, rejeitado,
esquecido e tudo isso feito por mim. Eu próprio tratei-me mal por causa da
forma como os outros tratavam-me.
Mas finalmente o meu ser interior começa
a ficar mais forte que as máscaras que eu uso no meu dia-a-dia e agora começo a
partir essas máscaras, começo a estar bem comigo próprio, a aceitar-me,
respeitar-me, a seguir o que eu quero, aumentei o amor que sentia por mim.
Hoje já consigo ver-me melhor do que me
via antes, antes estava fechado na minha carapaça, não saía, sentia-me um “nada”,
um fraco, sentia um vazio enorme dentro de mim, não me sentia amparado por
ninguém ou quase ninguém.
Não me via como a primeira escolha de
alguém, pois eu próprio não me escolhia para primeira opção. Pois para mim eu
não prestava e vinha sempre a vontade de ser outra pessoa. Aquele que sempre
era respeitado, forte, que era sempre a primeira escolha, o bonito, o atraente,
entre outras coisas… Mas nunca consegui equiparar-me a alguém, pois faltava
sempre qualquer coisa e mesmo a imitar, a tentar ser igual eu não era visto.
Fazia de tudo para agradar os outros mas no fim eu ficava sempre sozinho.
Dei-me ao máximo, sofri, fiquei sozinho e nunca consegui ser eu, ser aceite,
fui posto de parte e assim fui crescendo, de parte, longe de todos, das
brincadeiras, jogos, das amizades…
Cresci com a solidão, tristeza,
rejeição, humilhação, com o desejo de vingança (que nunca fiz). Cresci com
tanta negatividade à minha volta, com vontade de desaparecer para sempre, senti
a falta de amparo, de amigos, companheirismo, eu senti que era um Zé Ninguém,
aquele que procuravam porque precisavam de ajuda com alguma coisa ou para
descarregarem as energias deles(as). E nessa altura escolhi isolar-me,
fechar-me dentro de mim…
E hoje? Pergunto-me e hoje? Hoje
sinto-me quase o oposto, porque eu mudei a minha forma de me ver, aprendi a
começar a aceitar-me e respeitar-me. Estou a deixar o meu verdadeiro “eu” assumir
o controlo.
E agora é para
vencer!
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