
Com os 18 anos comecei a trabalhar à
procura da minha independência e de um futuro melhor e deixei a escola para
trás, passado alguns anos arrependi-me mas já não conseguia voltar atrás os
erros foram muitos.
Com 24 anos criei o meu blogue http://solidaobyme.blogspot.pt porque
é que escolhi solidão? Porque foi assim que eu sempre me senti ao longo de
todos estes anos, sozinho no meio de uma multidão.
Não esperava que o meu blogue durasse
tanto tempo mas a verdade é que este ano já faz 5 anos que o tenho e sempre
escrevi nele, não da forma como desejaria porque por vezes sentia ou ainda
sinto o tempo a passar-me por entre os dedos.
Ter o blogue não era suficiente para me
considerar escritor, até porque eu ainda dava muitos erros, apenas foi a minha
iniciação a um mundo que eu não conhecia e uma forma de aprender algo novo e
evoluir. Após 3 anos de o ter criado publiquei o meu primeiro livro, “A Pureza
de um Verdadeiro Amor” e mesmo assim não me considerava autor.
Uma vez disseram que como eu já tinha um
livro publicado já era escritor mas eu não me via assim porque ainda tinha e
tenho muito para aprender e para mim os escritores eram os famosos, aqueles que
ouvíamos o nome na televisão, aqueles que dávamos na escola, que ganharam os
prémios Nobel e eu era apenas um Zé Ninguém, que nem na minha Terra-Natal me
conheciam… Como é que eu podia ser autor?

No ano a seguir, perdi a vontade de
escrever, estava bloqueado. Pois mais uma vez não sentia a aceitação, a
compreensão por quem eu era, voltei a sentir a depressão a tomar conta de mim,
foram tempos complicados…
Mas com a ajuda da minha prima Vera e da
Dina (minha professora de yoga)
consegui ver-me de outra forma, consegui aumentar a minha auto-estima,
valorizar-me. Consegui sair da depressão, desbloquear os meus bloqueios e
seguir em frente. Voltei a ter vontade de escrever mais e mais, comecei a ler
mais e mais. Comecei a ter vontade de aprender mais, evoluir mais e superar-me
a cada texto.

E sim, hoje sei que sou um escritor e que
estou em constante evolução. E agora não vou desistir. Não sou nenhum Luís
de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, entre muitos outros mas sou o
Sérgio Faria, um novo autor.
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