Neste último mês consegui mudar muita
coisa em mim. Pensava que continuava fraco mas este mês mostrou-me
completamente o contrário.
Alterei o meu corpo neste mês e consegui
ver essa mudança em mim, visto que tudo o que eu fazia para trás não conseguia
ver. Sinto-me a superar ao longo do tempo. Comecei este ciclo de forma
diferente, como nunca tinha começado antes, ontem fui buscar a mala pus as
minhas roupas lá dentro, agarrei a chave do carro e fiz-me à estrada, rumo ao
norte. Mesmo sabendo que vinha sozinho, eu fiz a viagem. Pois como leio muito
no livro do Gustavo Santos, “Ama-te”, “só sem ti é que não vais a lado nenhum”.
Começo a curar as minhas feridas
interiores e a apreciar a minha própria presença. Começo a reestruturar-me. A
aprender a viver com quem eu sou de verdade, começo a respeitar as minhas
vontades, a seguir o que eu quero, no fundo começo a amar-me, eu antes já o
fazia mas de uma forma muito fraca e quando eu dizia “desisto”, eu voltava
sempre a lutar, mesmo sem ter forças para seguir em frente. Era um sinal que eu
me amava e que queria muito mais para mim, como continuo a querer.
Como já referi em textos meus anteriores
eu sou o meu principal foco, a pessoa mais importante da minha vida e é assim
que todos nós temos que pensar, pois se não estivermos bem connosco próprios,
as pessoas à nossa volta vão nos mostrar isso, criamos sempre uma relação
espelho com os outros.
Por isso sim vou-me curar, fortalecer e
depois colher os frutos da árvore que semeei. Por isso criei a seguinte
metáfora, “se não aguento o meu corpo em pé, como é que aguento a fazer o pino?”,
como é que eu conquisto alguma coisa fragilizado? A sentir-me derrotado?
Enquanto me sentir assim não consigo “conquistar” nada, vou sempre lutar em “vão”,
pois o meu foco está no sítio errado e sinto tudo a desabar.
Primeiro temos que enterrar as nossas
raízes no chão, fortalecer o nosso tronco, para quando vier a tempestade, nós
não sermos arrancados da Terra. Parece ser um caminho difícil, ou se calhar até
é, já pensei em desistir tantas vezes mas tenho conseguido encontrar o meu equilíbrio,
uma força dentro de mim que não esperava encontrar, tenho encontrado o meu eu
escondido, temos que fazer esta conexão.
E apesar de todas as dores que sentimos
e de elas nos fazerem sentir “fracos”, temos que nos amar, valorizar-nos sempre,
pois somos bastantes bons e temos que abrir sempre o peito para a vida, pois há
muita coisa boa lá fora que espera por nós. E dentro de nós há sempre uma
esperança.
Dentro de mim há uma enorme esperança de
poder estar contigo, de ficar nos teus braços, beijar os teus lábios e poder te
dar o meu amor.