E
já está quase outro mês a passar. Eu iria mentir se dissesse que já te esqueci.
Pois eu não te esqueci. Todos os dias sinto a tua presença mesmo que tu estejas
longe de mim e sem falar-me. E também todos os dias mais sinto vontade de te
abraçar.
Neste
momento não sei quem eu sou. Não sei quem eu sou para ti. Acho que a única
coisa que eu sei que sou, é que não sou ninguém para ti e nem sou ninguém neste
mundo.
Porque
desde que tu desapareceste o meu mundo só conhece dor e solidão. Antes já
sentia mas agora ficou bem pior. Já nem a felicidade consegue entrar tantas
vezes. A tristeza completa quase todo o meu corpo inerte, perdido no mundo. A
minha esperança de ser feliz reduziu para uns 5%. Não consigo acreditar em nada
à minha volta. Pois a única coisa que vejo à minha volta é escuridão. A luz que
eu vejo é fraca cada vez mais fraca e eu não consigo chegar até ela. Não me
consigo guiar no meio de tanta escuridão.
Então
no meio daquele vazio paro. Procuro por ti, mas não te vejo. Então continuo
naquele buraco sem me conseguir mexer. A minha fé também terminou.
O
meu mundo encontra-se super negro. Só a tua luz é que vai conseguir iluminar o
meu mundo. “Aonde é que estás?”
… (Silêncio) …
E
a resposta nunca chegará a mim. E então pergunto novamente. E continuo sem
resposta. E continuo a perguntar sempre. Mas sempre em vão.
E
a única coisa que ficou no meu coração é:
“Aonde é que estás?” E silêncio…
E o meu corpo ficou a flutuar na escuridão.