quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O meu verdadeiro EU



Por vezes esqueço-me de quem sou, perco-me nos meus pensamentos negativos e derrotistas, revolto-me comigo próprio por estar a falhar, por ignorar-me, rejeitar-me e começo a ir abaixo, pois eu não sou de ferro, sou de carne e osso.
Mas a verdade é que já consigo sair mais facilmente desses estados deprimidos, pois bem dentro de mim existe um “ser” forte, capaz, lutador, guerreiro, vencedor, enorme… E é esse ser que me tem erguido, pois a cada dia que passa ele fica mais forte, já o procuro mais vezes.
Pois esse “ser” que habita em mim, sou “apenas” eu completo, o meu verdadeiro eu, o que ficou escondido, ignorado, rejeitado, esquecido e tudo isso feito por mim. Eu próprio tratei-me mal por causa da forma como os outros tratavam-me.
Mas finalmente o meu ser interior começa a ficar mais forte que as máscaras que eu uso no meu dia-a-dia e agora começo a partir essas máscaras, começo a estar bem comigo próprio, a aceitar-me, respeitar-me, a seguir o que eu quero, aumentei o amor que sentia por mim.
Hoje já consigo ver-me melhor do que me via antes, antes estava fechado na minha carapaça, não saía, sentia-me um “nada”, um fraco, sentia um vazio enorme dentro de mim, não me sentia amparado por ninguém ou quase ninguém.
Não me via como a primeira escolha de alguém, pois eu próprio não me escolhia para primeira opção. Pois para mim eu não prestava e vinha sempre a vontade de ser outra pessoa. Aquele que sempre era respeitado, forte, que era sempre a primeira escolha, o bonito, o atraente, entre outras coisas… Mas nunca consegui equiparar-me a alguém, pois faltava sempre qualquer coisa e mesmo a imitar, a tentar ser igual eu não era visto. Fazia de tudo para agradar os outros mas no fim eu ficava sempre sozinho. Dei-me ao máximo, sofri, fiquei sozinho e nunca consegui ser eu, ser aceite, fui posto de parte e assim fui crescendo, de parte, longe de todos, das brincadeiras, jogos, das amizades…
Cresci com a solidão, tristeza, rejeição, humilhação, com o desejo de vingança (que nunca fiz). Cresci com tanta negatividade à minha volta, com vontade de desaparecer para sempre, senti a falta de amparo, de amigos, companheirismo, eu senti que era um Zé Ninguém, aquele que procuravam porque precisavam de ajuda com alguma coisa ou para descarregarem as energias deles(as). E nessa altura escolhi isolar-me, fechar-me dentro de mim…
E hoje? Pergunto-me e hoje? Hoje sinto-me quase o oposto, porque eu mudei a minha forma de me ver, aprendi a começar a aceitar-me e respeitar-me. Estou a deixar o meu verdadeiro “eu” assumir o controlo.
E agora é para vencer! 

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