sábado, 24 de junho de 2017

A transformação está em mim



Já ouvi muitas frases do tipo “estás diferente”, “mudaste tanto”, “tu não eras assim”, entre outras. Sim, é verdade, estou diferente e mudei mas penso que a frase ou o estado correcto é: Eu transformei-me.
Sinto que a cada novo dia que eu estou mais livre, sim há dias que tenho recaídas, parece que tudo desaba à minha volta e eu não tenho forças para aguentar os pilares e deixo tudo desmoronar, choro desalmadamente. Depois recupero o fôlego e volto a erguer-me com mais força. E assim continuo a minha transformação.
Não está mesmo nada a ser fácil, tantos altos e baixos ao mesmo tempo, bastante autocontrolo para não explodir (parece que sou um vulcão prestes a entrar em erupção), pouco a pouco tento ganhar posse de mim e descartar toda a necessidade de anuência que eu tenho das outras pessoas.
Porque eu sou um ser livre e dependente de mim próprio. Vou continuar a minha transformação, por mais altos e baixos que tenha, por mais espinhos que eu encontre, pois também encontro rosas, encontro cumplicidade, encontro sábios/mestres e o mais importante encontro-me a mim mesmo.

domingo, 18 de junho de 2017

Um pedido de desculpa.



Hoje escrevo para nós, talvez seja a última vez que escrevo para nós. O tempo irá responder… É deixar fluir…
Sabes? A tua ausência dói-me tanto e saber que eu fui o responsável dela, ainda me dói mais. Mas já me parei de culpar disso, pois não posso perder o meu equilíbrio nem a minha voz novamente. Perdi o controlo do meu corpo por ter falhado, por ter errado contigo e não quero mais isso.
Ao dizer isto não quero que te sintas culpado, pois tu és a pessoa que menos culpa tem. Eu sou o único responsável, pois afastei-me da minha essência, de quem eu sou, dos meus objectivos e perdi-me pelo caminho, sem conseguir reencontrar-me. E então o meu corpo chegou ao limite e mostrou-me isso de uma forma péssima e que não desejo mais voltar a sentir.
Hoje reencontro-me com a minha essência, com a minha luz, com o meu brilho mas estou triste por não estares aqui ao meu lado, espero que um dia possas dar-me uma nova oportunidade e que voltes a confiar em mim.
Até lá eu vou sarar todas as minhas feridas e ficar completo comigo próprio, libertar o meu melhor, a minha luz verdadeira. Peço-te perdão por ter errado e magoar-te.


sábado, 17 de junho de 2017

Gritos mudos!



Gritos mudos é o que eu sinto em mim, tenho uma enorme vontade de gritar mas a minha garganta não corresponde, apenas saem gritos mudos. Perdi a voz, a vontade de falar, sinto-me sem forças, quero desistir tudo…
E novamente mais uma vontade de gritar, abro a boca com muito esforço e nenhum som sai. Esforço a garganta e sinto ela rouca e arranhada, arranhada pelos gritos mudos que não saem e pelas palavras que não posso e nem devo dizer…Palavras que disse de forma inconsciente e que te afastaram e assim proibi-me de falar, de ter voz… Porque não te quero magoar novamente.
Hoje acordei com dor de garganta porque ela está fechada, entupida por todos os gritos que não posso dar, as cordas vocais deram o nó e assim já não falo, o meu cérebro não pára e não me deixa descansar, acuso-me por ter falhado, culpo-me por não ser bom o suficiente, critico-me por estar constantemente a errar… Não sei é como o meu coração está a aguentar toda esta pressão, toda esta falta de descanso…
Ontem foi um dia em que perdi todo o meu equilíbrio, tudo o que eu queria desapareceu, o meu corpo não me respondia, a minha voz completamente presa, a custo consegui pedir ajuda, as lágrimas saltavam-me pelo rosto, estava mesmo muito triste e desiludido comigo próprio…
Perdi o pouco brilho que via em mim, calei a minha voz (que há pouco tempo é que se começou a soltar), não consegui controlar as minhas emoções e desfaleci naquele momento. Um corpo enorme sem controlo guiado pelos tremores, como se de um sismo tratasse e eu sem o conseguir controlar.
Que enorme descontrolo, tantos gritos mudos que eu dei e uma vontade de desaparecer que ficou… Apenas queria ser melhor… Bom o suficiente mas não sou e porquê?
Talvez por exigir muito de mim, querer que vejam o quanto sou bom (sim, eu sei que sou bom, grande antítese), que me dêem atenção, que me aprovem… E como muitas vezes isso não acontece, eu sinto tudo a desabar porque não sou capaz de me abraçar, de dar a mão a mim mesmo e dizer o quanto sou bom. Observo-me e só vejo escuridão, alguém que não é capaz (mas no fundo sabe que é capaz), alguém que não é bom o suficiente (mas sabe que é bastante bom) e por isso “dá-se” para que o possam ver e termina por perder porque se perdeu a si próprio.
Ahhh!!! Tanta vontade de gritar mas tudo mudo, uma dor de cabeça enorme, uma garganta cada vez mais arranhada e entupida, uma mente invadida por pensamentos negativos, que não estou a conseguir inverter.
E eis que no meio de tanta escuridão encontrei uma luz pequena e muito brilhante, algo que sinto que tenho que fazer e vou fazer. Mas primeiro de tudo tenho que desatar o nó que tenho nas minhas cordas vocais e soltar o grito ou os gritos mudos que estão presos. E vou gritar que sou bom, que sou capaz e que consigo ver-me e aprovar-me.


sexta-feira, 16 de junho de 2017

A oportunidade de fazer diferente



Tentei procurar em mim as respostas para a minha vida mas não fui capaz. Não me via e como não me via fugia de mim, fugi tantas vezes que agora não me consigo encontrar, procuro as outras pessoas na esperança de me ajudarem a encontrar-me porque nelas vejo quem eu gostava de ser mas acabo sempre por falhar.
Falho com as pessoas à minha volta e de quem eu gosto muito. E o pior de tudo falho comigo próprio e só por causa disso é que falho com os outros. Estou bastante triste e desiludido comigo próprio. Já mudei tanto mas volto sempre ao meu “eu” antigo, o que magoa todos à sua volta, aquele que não se encontra, aquele que está sempre a errar, aquele que é fraco, que não é bom o suficiente… Eu não quero mais ser essa pessoa, é uma dor enorme dentro de mim por voltar sempre a ser essa pessoa que eu não quero…
Não quero afastar mais ninguém da minha vida, não me quero afastar mais de mim. A todos os que eu magoei peço perdão e peço uma nova oportunidade. Eu vou ser o “eu” que sou, o meu verdadeiro eu, vou-me encontrar dentro de mim e sair cá para fora.
Eu vou dar esta oportunidade a mim, a oportunidade de fazer diferente, a oportunidade de vencer, de ser quem eu quero ser. Mais uma vez peço perdão…


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Onde estou eu?



Neste momento, apenas tenho vontade de me fechar e ficar a sós comigo para sempre. Senti a minha esperança a desaparecer, sem saber o porquê. Nada mais faz sentido, talvez nem as palavras que estou a escrever.
Tudo está confuso e escuro e não sei como chegar à luz, aquela luz que eu tanto quero encontrar, a luz ao fundo do túnel…
Sinto que está tudo perdido, sonhos apagados, animação que acabou, tudo destruído… Novamente fiquei sozinho, recomeçar tudo de novo, outra vez? Sentir novamente as mesmas dores? Ou será que algo mudará? Não sei, apenas quero ficar fechado.
Sinto que estou no lado errado da estrada, do lado dos “derrotados” e sei que não quero estar deste lado mas não estou a conseguir chegar ao outro lado da estrada. Tenho correntes que me prendem a este lado e não tenho força para as quebrar, estou algemado àquela estrada que eu não quero para mim. Sinto-me fechado na escuridão.
Sei que preciso de me encontrar, encontrar a fénix que habita em mim e talvez para isso preciso de me desligar, parar, fechar as portas… Não sei… Mas sei que preciso de mim e que estou a falhar comigo próprio. Peço perdão a mim próprio por estar a falhar tanto…


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