terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Solidão por um coração puro



Hoje novamente voltei-me a sentar na cadeira, frente ao computador. A minha cabeça está a mil à hora. E eu continuo imóvel na cadeira.
As palavras já deixaram apenas de ser confidentes. Já são muito mais que isso. Já se tornaram minhas amigas. Pois as palavras compreendem melhor os meus sentimentos e o meu coração do que as pessoas à minha volta.
Eu tenho amigos à minha volta mas sinto-me completamente triste. Sinto a tua falta, tu conseguiste alegrar a minha alma, o meu coração, como nunca ninguém tinha feito. Tu viste-me quando eu estava invisível.
Dizem para nós amarmos quem nos vê quando estamos invisíveis. Só que penso que não vale a pena. Pois tu viste-me. Eu apaixonei-me e tu desapareceste, conseguiste apagar o pouco do brilho que eu tinha na alma. Os meus sonhos ficaram apagados. Desapareceu tudo à minha volta.
Eu olho em volta e nada. De noite não consigo dormir, passo as noites todas acordado. Depois de dia não tenho vontade para nada. Queria tanto conseguir ficar parado no tempo. Deitado na minha cama. E ficar lá para sempre. E esperar que tu apareças. Mas eu pergunto-me, “será que vai acontecer?” Como esta pergunta tenho muitas mais na minha mente. E todas elas sem respostas.
Eu gostava tanto de conseguir tirar tudo isto da minha cabeça, ou até mesmo desapareceu por uns tempos. Eu preciso de paz na minha cabeça. Preciso de me distrair. Mas neste momento não consigo distrair-me. É porque tu estás tão presente, mesmo tão ausente. Em tudo o que faço no meu dia-a-dia, ou em quase tudo eu vejo-te, sinto-te. Isso deixa-me saudades tuas, destroça-me o cérebro e deixa o meu coração a chorar.
Cada vez sinto-me mais fraco, sem forças para nada, nem para lutar. Não sei como é que vai ser daqui para a frente, já que eu sinto-me fraco e completamente bloqueado nesta cadeira.
Já rezei tantas vezes a Deus e a toda gente. Mas nada. Devem estar chateados comigo. Pois não me dão nem um sinal, deixam-me aqui abandonado, neste quarto completamente sozinho.
Neste momento da minha vida, a minha companhia são as palavras que escrevo aqui, as lágrimas que estão no meu rosto e por último o pior de todos, ao qual já me entreguei há bastantes anos atrás, pensava que já tinha conseguido sair. Mas pelos vistos não. E essa minha companhia é a solidão. Ela acompanha-me, esteja eu aonde estiver.
Por hoje fico por aqui, tentando virar mais uma página da minha vida. “Será que terei sucesso nisso?”…

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