sábado, 15 de março de 2014

VIDA



Hoje após mais um dia de trabalho, sento-me em frente ao computador a pensar em tudo. Na vida que tenho, na vida que eu gostava de ter. Tantos anos passados e não tenho nada. Penso no que posso fazer para melhorar a minha situação mudar de vez mas a verdade é que não me ocorre nada.
O tempo vai passando, os anos também… Será que se esqueceram de mim? De meter alguém no meu caminho para me ajudar a ser feliz. Feliz mais uma palavra fácil de escrever e sentir? É muito difícil. Mas sim, não posso dizer que não estou feliz. Pois consegui trabalho. Só que…
O trabalho sim traz-me felicidade, eu gosto de trabalhar, gosto do que faço. E o resto? O que me faz falta também e muito. O amor? Aonde é que ele está? Esqueceram-se da minha alma gémea? E o cupido deixou de existir? Ou o meu nome não se encontra na lista? A vida sim é excelente mas quando existe alguém para partilhar a vida, envolver as duas como se fosse uma. O toque suave das almas uma na outra, ouvir o bater do coração quando estamos acompanhados, dormir juntos, abraçados…
Acho que chumbei nesta matéria antes de nascer. E se calhar agora estou a deprimir um pouco ou não. Estou a falar sobre o que eu sinto. O que é difícil de falar. Pois nem todos querem ouvir, nem todos compreendem, outros nem querem saber… É assim a vida… Infelizmente é…
Estou aqui sentado em frente ao monitor completamente imóvel a ler cada palavra que estou a escrever e ao mesmo tempo a pensar em tudo o que escrevo, que já escrevi, no que ainda irei escrever, que sinceramente não faço a mínima ideia do que aí vem. Se me sinto preparado e com forças para enfrentar? Penso que sim. Não vou dar certezas de nada quando eu não as tenho.
Talvez fosse mais fácil contornar isto se tu tivesses ao meu lado… Mas não estás. Estás aí em cima e se calhar neste momento estás a ler o que eu estou a escrever e a falar e nem um sinal me dás. Acho que quase todos os dias tenho um obstáculo à minha frente para contornar. Contorno e aparece-me um muro alto ou simplesmente acaba-se o chão por baixo de mim. Ainda não me deste asas para eu voar, ou força sobre-humana para destruir o muro.
Com o tempo a passar vou tendo mais força, pois sou obrigado a tê-la. Pois o chão falta-me sempre quando penso que estou a ir bem. Enfim… Estás sempre a pôr-me à prova e eu pergunto-me aonde está a minha recompensa de tantas provas superadas que tu me dás. Ela está na força que vou tendo e que uso no meu dia-a-dia. Mas sinceramente não sei aonde é que eu a vou buscar. Penso que seja no desespero de conseguir vencer esta guerra. De mudar a minha vida, de ter alguma coisa, ter o amor de alguém.
Já que estás aí em cima vê-la se acordas o cupido e metes o meu nome na lista dele. É que viver uma vida de solidão é difícil, bastante difícil…
Há milhões de pessoas neste mundo e não existe uma para mim? Isto é muito irónico, penso eu.
Eu neste momento já não sei o que hei-de sentir. Se sinto esperança, alegria, tristeza, dor, ódio, amor…
Metes muita gente no meu caminho e depois também tiras essas pessoas todas ou quase todas…
Quando é que vai chegar a minha hora? Podias responder em vez de me deixares neste silêncio absoluto, aonde só oiço o barulho das teclas do teclado, quando estou a escrever…

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