domingo, 8 de maio de 2016

O início da nossa história…



Hoje tu saíste. O telemóvel estava em silêncio. Nem um único sinal teu. As ruas perderam as cores. As árvores choravam. O rouxinol ficou mudo. As palavras arderam no silêncio da minha alma.
Depois daquela grande discussão, saíste de casa e eu não consegui agarrar-te, sentei-me no sofá sem forças, a ouvir os ponteiros do relógio.
O meu coração revive aqueles momentos de paixão ardente, os beijos profundos, o encontro dos dois corpos nus. Aquele amor fogoso que nutrimos. A troca de olhares. Ficou um filme interminável a passar à frente dos meus olhos.
Ainda sentado comecei a sentir as lágrimas a preencher o meu rosto, senti um enorme aperto no peito, todas aquelas palavras ditas, num tom frio e duro. Dissemos palavras que cortam mais que facas, sinto o meu corpo a queimar a lembrar aquelas palavras ditas, o teu olhar a dar-me murros. Será que depois da discussão tu irias voltar?
Ganhei forças e levantei-me, procurei o meu telemóvel mas nada, estava mais mudo que a parede. Bebi um copo com água, limpei a minha cara. Pus a nossa música a tocar, aquela música que estava a dar quando o teu olhar doce e meigo me tocou. Eu no meu canto muito tímido e tu vieste ter comigo. Paraste e sorriste para mim. Disseste o teu nome e eu fiquei logo encantado por ti. Falámos durante horas. Trocámos os números de telefone. Foi apenas o início da nossa história.
Lembraste do nosso primeiro encontro após aquele dia? Por incrível que pareça estava novamente a dar a nossa música. Será que era a força do destino a querer juntar-nos? Mais um encontro maravilhoso. Que acabou na minha casa…
Eu entrei e tu ficaste à porta a observar-me com esses lindos olhos e o teu sorriso magnífico. Disse-te para entrares. Fui preparar dois cafés para nós e de repente senti os teus braços a abraçar-me, arrepiei-me todo, tu tinhas posto a tocar aquela música, a música perseguia-te. Virei-me para ti e tu beijaste-me, tiraste-me o fôlego todo, senti-me a voar.
Depois do beijo pediste-me desculpa e foste embora, nem me deixaste dizer que não fazia mal, que eu tinha gostado… Saí para a rua à tua procura mas não te encontrei, olhei para o céu limpo e estrelado e ouvi as estrelas a dizerem que tu ias voltar e eu juro-te elas desenharam um coração, o que me fez eu esboçar um sorriso enorme. A rua ganhou mil e uma cores. Fui-me deitar a pensar no teu abraço e no nosso primeiro beijo. “Como tu beijas bem caramba.”

No dia a seguir tu ligaste-me para marcar um café e eu fui. Novamente pediste desculpa e eu respondi-te que não fazia mal, que eu gostei do beijo. As nossas mãos tocaram-se, os dedos entrelaçaram-se e os nossos corações beijaram-se.
Perdi-me a pensar nisto tudo, quando oiço a porta a abrir, eras tu. Olhei para ti, a nossa música estava a tocar, estavas com o mesmo olhar meigo mas preenchido com lágrimas, aproximei-me de ti, abracei-te.
“Sabes que amar é difícil mas eu vou amar-te todos os dias, não quero amar-te só nos tempos bons, quero amar-te ainda mais nos tempos difíceis.” Segredei-te ao ouvido e beijei-te… As ruas ganharam novamente cor, as árvores sorriram e o rouxinol cantou.


Não existem palavras para descrever o quanto eu te amo e o quanto eu quero lutar por nós.


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