sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O ser divino que somos



Hey! Onde é que estás? Sabes? Não é justo partires para o teu mundo e me deixares aqui sozinho. Porque é que foges sempre de mim? Refugiaste aí em cima e então eu que fico cá em baixo, o que é que eu faço?
Sabes? Eu sem ti fico perdido, não sou nada. Porque tu é que me completas mas se foges de mim, eu fico incompleto. O que é que aconteceu para te fazer fugir de mim? Foi o texto, o sonho, o dia, o trabalho, as feridas? Porque é que me deixaste desamparado? Viste o sufoco em que fiquei? Tanta ferramenta e eu não sabia agir. É triste mas é verdade.
Sem a tua força eu não sou nada, sem as tuas emoções sou um corpo vazio, sem a tua espiritualidade fica apenas mais um coração que bate por bater e sem a tua alma? … Sem a tua alma eu não existo, apenas sobrevivo às tempestades que tu decides mandar cá para baixo, ando na corda bamba, a tentar ganhar equilíbrio para não cair.
Já reparaste que fizeste um retiro enorme? E agora vens mais sábio? Mais lúcido? Eu peço-te que não fujas novamente de mim porque sem ti não me consigo amparar, vou ao sabor do vento e como o mar fico com os meus dias de revolta, torno-me um marmoto e só tu é que me consegues parar.
Não é justo partires, me deixares aqui quando sabes que ainda há muito trabalho para fazer. Eu e tu somos um, lembraste? Pois sem ti não consigo ir a lado nenhum, fico imóvel… Fico uma rocha com um coração que bate só por bater…
Eu peço-te que desças aí de cima e que preenchas esta rocha e que a transformes no ser divino que somos.
 

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