Hey! Onde é que estás? Sabes? Não é
justo partires para o teu mundo e me deixares aqui sozinho. Porque é que foges
sempre de mim? Refugiaste aí em cima e então eu que fico cá em baixo, o que é
que eu faço?
Sabes? Eu sem ti fico perdido, não sou
nada. Porque tu é que me completas mas se foges de mim, eu fico incompleto. O
que é que aconteceu para te fazer fugir de mim? Foi o texto, o sonho, o dia, o
trabalho, as feridas? Porque é que me deixaste desamparado? Viste o sufoco em
que fiquei? Tanta ferramenta e eu não sabia agir. É triste mas é verdade.
Sem a tua força eu não sou nada, sem as
tuas emoções sou um corpo vazio, sem a tua espiritualidade fica apenas mais um
coração que bate por bater e sem a tua alma? … Sem a tua alma eu não existo,
apenas sobrevivo às tempestades que tu decides mandar cá para baixo, ando na
corda bamba, a tentar ganhar equilíbrio para não cair.
Já reparaste que fizeste um retiro
enorme? E agora vens mais sábio? Mais lúcido? Eu peço-te que não fujas novamente
de mim porque sem ti não me consigo amparar, vou ao sabor do vento e como o mar
fico com os meus dias de revolta, torno-me um marmoto e só tu é que me
consegues parar.
Não é justo partires, me deixares aqui
quando sabes que ainda há muito trabalho para fazer. Eu e tu somos um,
lembraste? Pois sem ti não consigo ir a lado nenhum, fico imóvel… Fico uma
rocha com um coração que bate só por bater…
Eu peço-te que desças aí de cima e que
preenchas esta rocha e que a transformes no ser divino que somos.
Sem comentários:
Enviar um comentário